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6 de março de 2009

Desabafo

Em um pequeno momento de reflexão, andei pensando sobre o comportamento humano. As pessoas possuem umanecessidade mórbida de auto-exibição. A todo momento querem se vangloriar de possuirem 579 amigos no orkut, de conhecerem fulano dono de um bar, ou ciclano que mora na parte nobre da cidade. Somando ainda o orgulho material de exibir um produto comprado com bastante sacrifício ,(parcelado em 69 vezes além do custo de almoçar apenas arroz e feijão durante duas semanas) a essência da pessoa desce ao zero. Muita imagem pra pouco recheio. Aí entra o desabafo. As pessoas contam e cantam, e na realidade nada são.

Amigos. Você consegue contar quantos possui agora? E daqui a uma semana? Serão os mesmos? Você confia plenamente em alguém a ponto de ficar tranquilo em realação à sua segurança? A realidade é que ninguém se importa com ninguém; e isso ainda piora com a educação dos pais para com os filhos. A s novas gerações pensam cada vez mais no próprio umbigo. Talvez, o único resquício de cuidado e preocupação esteja em sua própria família. E isso, acrescentando muitos pontos e barras no meio.

Amizade, seja com familiares, ou o estranho que você conheceu no ônibus, não passam de relação momentânea. Tanto que se você se afastar, a coisa simplesmente "esfria". Aí surge os que alegam o "mas você não pode se afastar, e tem sempre que manter a chama viva". E não passa de momento após momento. É nesse momento que você sente tudo intensamente. Tem vontade de amar todos, cuidar de todos, mudar o mundo. E quando passa, você se vê preso em uma rotina massante sem ninguém. E a vida é essa. Uma estrada, na qual seguimos sozinhos. As pessoas, os objetos e as paisagens simplesmente passam. Apenas você, seus sentimentos e nostalgias.

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